O que desejava dizer-te

Ontem não ia ligar, mas houve uma coragem vinda nem eu sei de onde, que me fez pegar no telefone. Marquei o número, o meu coração bateu descompassado (algo que não aconteceu com o teu telefonema no fim-de-semana), fiquei fraca e tonta, pensei: o que é que lhe vou dizer? eu vou começar a chorar. estou a ligar-lhe e não tenho nada para dizer. vou dizer que é só para mandar um beijo.

O telefone tocou, tocou e ao contrário do que costumo fazer (ao quarto toque desligo), deixei tocar, tocar. Estava contente com a minha coragem. Só desisti quando senti que não ias mesmo atender. E aí o coração voltou a bater, o sangue que havia gelado voltava à temperatura normal. A certeza que não ias devolver a chamada deixou-me viver o resto do dia com calma.

in Este blogue precisa de um nome

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